quinta-feira, 21 de julho de 2011

O julgamento


Eu acordei em um lugar que nunca tinha visto. À minha frente havia um castelo com uma enorme porta dourada fosca. Nela existia desenhado um mapa que eu acreditava ser do castelo. Ele continha dois pontos: um parecia referenciar onde eu estava, o outro representava algo atrás de mim. Quando me virei vi um homem de meia idade, olhos e cabelos negros, com mais ou menos 1,70 de altura. Atrás dele havia um grande penhasco. Assim fui até o homem e perguntei “Onde eu estou?”.
Ele me respondeu “Com o tempo você saberá”.
“Quem é você? Não te conheço”, disse olhando para a cara do senhor que tinha um cicatriz na bochecha direita. Ele não quis me responder.
Olhando para a porta reparei que uma parte do mapa estava em dourado brilhante. Deduzi que fosse a sala após a porta. O homem me disse “Vamos, abra a porta e veja o que foi preparado pra você”.
De repente estou dentro daquela sala que brilhava feito ouro no mapa. Era grande e havia pessoas paradas ali parecendo estatuas. Percebi no final da sala um quadro idêntico ao mapa da porta, mas agora os pontos estava na sala que brilhava. O homem de meia idade chegou ao meu lado e sussurrou “Aqui começa a sua viagem, você julgava as pessoas e, em alguns casos, nem as conhecia. Vamos ver como você sairá desta sala sem ajuda alguma”. O homem desapareceu e com isso as pessoas da sala começaram a rir, mas riam de que? Não durou muita para eu perceber. Eles riam de mim e julgavam-me por causa de minhas roupas, do meu cabelo, do meu estilo, da minha forma de agir. Senti-me sozinho, assustado e envergonhado porque eu estava me sentindo como aqueles que eu julgava. Acuado como um cão vira-lata cercado de cães grandes. Como um ultimo esforço gritei “Meu Deus, me tire daqui!” e, logicamente, não obtive resposta alguma...

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